Guardarei silêncio
Muda
Solitária
Faço meus versos
Escrevo com tinta opressora
Individualista
Desconfio do fácil
Me adéquo aos primeiros pensamentos
Misturando à crítica ironia
Colonizo letras
Na burguesa sátira
Pontuo dores naturais
Satirizo as classes
Na vasta ilusão humana
Enrolada na negra gramática
Induzida pela existência
Sobe-me a boca uma ânsia
Declaro guerra pela ignorância terrena
Meu coração é o tinteiro
Defino em alto relevo a realidade
Beirando os limites da loucura
Irônica
Indignada
Ressentida
Sou caricatura enterrada
Abraçada pelo tédio
Alma fria
Matéria impura e errante
Vazia
Seca
As horas são pesadas
Tristes pensamentos
Me acariciam os pés
Invisível castigo
Cadeias frias
As paredes não são obras da natureza
Gritos abafados
Velas ao vento
Perco o raciocínio
Sem vida
Criação ferida pela espada
Mente morta
Poesia surda e vazia
CARLA FABIANE
2 comentários:
Mesmo as poesias mortas são belos POEMAS...
Abraços e grata por ir parabenizar minhas páginas em FESTA!!!
Abraços
oh.......encanto..
que beleza
beijos no seu coraçâo
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