segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

POESIA MORTA...


Guardarei silêncio


Muda
Solitária
Faço meus versos

Escrevo com tinta opressora
Individualista
Desconfio do fácil

Me adéquo aos primeiros pensamentos
Misturando à crítica ironia
Colonizo letras

Na burguesa sátira
Pontuo dores naturais

Satirizo as classes
Na vasta ilusão humana

Enrolada na negra gramática
Induzida pela existência
Sobe-me a boca uma ânsia

Declaro guerra pela ignorância terrena

Meu coração é o tinteiro
Defino em alto relevo a realidade
Beirando os limites da loucura

Irônica
Indignada
Ressentida

Sou caricatura enterrada
Abraçada pelo tédio
Alma fria
Matéria impura e errante
Vazia
Seca

As horas são pesadas
Tristes pensamentos
Me acariciam os pés

Invisível castigo
Cadeias frias
As paredes não são obras da natureza

Gritos abafados

Velas ao vento
Perco o raciocínio

Sem vida
Criação ferida pela espada

Mente morta


Poesia surda e vazia



CARLA FABIANE









2 comentários:

Penélope disse...

Mesmo as poesias mortas são belos POEMAS...
Abraços e grata por ir parabenizar minhas páginas em FESTA!!!
Abraços

Braulio Pereira disse...

oh.......encanto..

que beleza


beijos no seu coraçâo